quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Eu não existo sem você

Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham pra você

Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
Eu não existo sem você

Vinícius de Moraes
Oração para o Ano Novo




Que neste Ano Novo que começa.
Eu possa estar mais perto, mais presente.
E leve o tempo sem ter muita pressa,
Já que a pressa é um mal que abate a gente.

E que não faça mais tolas promessas,
Pra não tornar-me delas dependente.
E quando a vida vir pregando peças,
Caso eu chorar, que eu chore sutilmente.

E que eu não sofra tanto por amor.
Nem fique imaginando aonde for,
Alguem que poderia estar comigo.

E se morrer um sonho que outro cresça.
Pra que ao cuidar dele então esqueça,
Da solidão que habita o meu abrigo.

Jenario de Fatima

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

SEM MÁGOAS

Amei-te tanto amor... amei-te tanto!
Fostes meu ar, fostes meu alimento.
Fostes meu colo, abrigo, meu alento,
Fostes meu sono ao embalo do acalanto...

Contudo amor... contudo, entretanto...
Só eu vivi total deslumbramento,
Prá ti eu fui qual uma bolha ao vento
Que logo estoura e perde seu encanto.

Culpar-te amor? ...Culpar-te já não posso!
Foi o meu sonho de um mundo só nosso,
Contra teu medo de viver a dois.

Mágoas não tenho amor... Porque teria?!
Se conheci contigo a fantasia
... Mesmo eu ficando assim tão só depois...

Jenario de Fatim
Alegria plena

Bom dia moça bonita...
Moça bonita bom dia.
A vida possibilita
Ser de sonho e fantasia.

Em toda palavra dita
Há muita luz que irradia
Deste anjo que habita
Sempre em sua companhia.

Por isso moça então cante,
Bote pra fora e espante
O que venha a ser nocivo.

A vida é bela e tamanha
Que a gente as vezes se apanha
Rindo mesmo sem motivo...

Jenario de Fátima.
*Doma*


Pelo meu, pelo teu, pelo nosso próprio bem.
Eu preciso domar um sentimento.
Este amor no qual tanto me atormento
E que com fúria quase sempre vem.

Esta insanidade toda que ele tem.
Isso que toma cada meu momento.
Esta loucura, este deslumbramento
Não é bom nem pra mim nem pra ninguém.

Eu quero sim o amor, quero sim amar.
Mas que eu possa domá-lo, não ele me domar
E que seja feito em formas naturais.

Pois finalmente agora acho que aprendi,
Por tudo que passei e pelo que já vivi
Que o amor só apenas faz mal, quando é demais.

Jenário de Fátima

sábado, 10 de novembro de 2012

JUNQUILHOS...

Nessa tarde mimosa de saudade 
Em que eu te vi partir, ó meu amor,
Levaste-me a minh'alma apaixonada 
Nas folhas perfumadas duma flor.
E como a alma, dessa florzita,
Que é minha, por ti palpita amante!
Oh alma doce, pequenina e branca,
Conserva o teu perfume estonteante!
Quando fores velha, emurchecida e triste,
Recorda ao meu amor, com teu perfume
A paixão que deixou e qu'inda existe...
Ai, dize-lhe que se lembre dessa tarde,
Que venha aquecer-se ao brando lume
Dos meus olhos que morrem de saudade!

Florbela Espanca

quinta-feira, 18 de outubro de 2012


Desilusão


Jenario de Fátima

Quando amamos alguém intensamente.
E este amor é tudo o que nos importa,
Deste amor vem a luz que nos conforta
E a força que nos faz sentir mais gente.

E mesmo quando inesperadamente
Uma dificuldade nos aporta,
Da força deste amor se abre a porta
Pra que a paz retorne novamente.

Porem se alguma coisa é descoberta...
Algo que se escondeu, não foi contado,
Sentindo-se traído, o peito alerta

Perde-se ao sentimento que ali gera.
E o amor que era tão terno e delicado
...Não volta mais a ser o que antes era...


DESPERDÍCIO
Jenário de Fátima


Como é doido tanto amor no peito.
Guardado a espera de que alguém o queira.
Preso, estocado pela vida inteira
Armazenado sem nenhum proveito.

Porque será que é sempre deste jeito?
Porque será que justo quem mais ama,
Quem tem o amor como uma ardente chama
Nunca usufrui o que é seu por direito?

Porque será que a vida não dá chances
A quem procura tão somente as cenas
D'algum amor igual ao dos romances?

Sei não... Só sei que isso tudo finda um dia,
Ao ver que amor assim existe apenas
Nas rimas que um poeta fantasia!

Desforra


Jenario de Fátima


Se despertar o interesse de alguém
Apenas só pra engrandecer o ego
E depois o olhar tornar-se cego
A quem por certo só vai querer bem

Se dizer um “eu te amo” tão porem
Pra das palavras fazer-se emprego,
De um falso querer, de um falso apego
De uma tola ilusão e mais nada alem

Quando se age assim desta maneira,
-E somente estupidez a isso chama-
Se esconde entremeio a brincadeira

Algo bem pior do que se pensa;
- Pois ao não ter pra si quem tanto ama
Na dor que vem dos outros se compensa...
Livro do meu amor, do teu amor,
Livro do nosso amor, do nosso peito...
Abre-lhe as folhas devagar, com jeito,
Como se fossem pétalas de flor.
Olha que eu outro já não sei compor
Mais santamente triste, mais perfeito.
Não esfolhes os lírios com que é feito
Que outros não tenho em meu jardim de dor!
Livro de mais ninguém! Só meu! Só teu!
Num sorriso tu dizes e digo eu:
Versos só nossos mas que lindos sois!
Ah! meu Amor! Mas quanta, quanta gente
Dirá, fechando o livro docemente:
"Versos só nossos, só de nós os dois!..."

(Florbela Espanca)

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

    CRENÇA
Jenário de Fátima

Se achegue...se aconchegue...vem pra perto
Não precisas me tocar, caso não queiras
Só deixe se espalhar na casa inteira
O cheiro desse teu perfume incerto

Lá fora está tão frio, tão deserto
Nas brumas da neblina costumeira
Se esconde uma cidade prisioneira
Que a mão do Minuano a tem coberto

Me basta tão somente tua presença
Pois isso faz crescer a minha crença
Que a fé que trago em mim é verdadeira...

A fé que serás minha um certo dia
Enquanto isso ouça que melodia
É o crepitar das brasas da lareira

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

     Quero você

Tudo que eu queria agora era dizer que te amo
Tudo o que eu mais queria era conseguir expressar o meu sentimento
Só que eu queria expressá-lo exatamente do tamanho que ele se encontra em meu coração
Porém, palavras não são suficientes para falar do amor que tenho
E nunca seriam fiel, por mais que eu tentasse, ao amor que realmente eu sinto por você

Queria, ao menos, conseguir te mostrar o quanto você é importante para mim
Queria que você soubesse que você entrou na minha vida na hora certa
E que eu não quero mais que você dela saia
Queria que fosse possível que você conseguisse enxergar, sob a minha ótica, tudo de maravilhoso que eu vejo em você e que eu vejo para nós
Queria que você entendesse a força desse amor e, sobretudo, a força que eu tenho para te amar

Queria, mais do que tudo, poder viver esse amor
E fazer dele algo maior ainda do que ele já é
Queria poder cuidar de ti
Te abraçar, te beijar e falar contigo quantas vezes eu quisesse
Queria poder estar com você
Dormir e acordar do teu lado
Ter o teu amor, ser também o teu amor

Queria... te olhar nos olhos e dizer:
Me apaixonei por você...e eu te amo, de verdade, fica comigo!

tenha uma noite abençoada, beijos

terça-feira, 7 de agosto de 2012

   

AMO-TE



Jenário de Fátima

Eu te amo, com a força dos temporais,
Com a fúria incontrolável dos vulcões.
Com a energia acumulada nos trovões
Desde longos tempos imemoriais.

Eu te amo, com a leveza dos cristais,
Com a textura das rosas em seus botões.
Com as notas delicadas das canções
Com as cores de mil roupas nos varais.

Eu te amo todas as horas do dia
E este amor ora leveza, ora tormenta,
Este amor que hora é prazer ora agonia

Pra meu barco é a segurança de um cais.
Muito embora ele saiba e se contenta
Que apenas é so mais um!...e nada mais! 

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

     INFIEL AO SEU DESTINO


A minha vida é um barco abandonado
Infiel, no ermo porto, ao seu destino.
Por que não ergue ferro e segue o atino
De navegar, casado com o seu fado?

Ah! falta quem o lance ao mar, e alado
Torne seu vulto em velas; peregrino
Frescor de afastamento, no divino
Amplexo da manhã, puro e salgado.

Morto corpo da acção sem vontade
Que o viva, vulto estéril de viver,
Boiando à tona inútil da saudade.

Os limos esverdeiam tua quilha,
O vento embala-te sem te mover,
E é para além do mar a ansiada Ilha.


FERNANDO PESSOA

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

  Os versos que te dou


Ouve estes versos que te dou, eu
os fiz hoje que sinto o coração contente
enquanto teu amor for meu somente,
eu farei versos...e serei feliz...
E hei de faze-los pela vida afora,
versos de sonho e de amor, e hei depois
relembrar o passado de nós dois...
esse passado que começa agora...
Estes versos repletos de ternura são
versos meus, mas que são teus, também...
Sozinha, hás de escuta-los sem ninguém que
possa perturbar vossa ventura...
Quando o tempo branquear os teus cabelos
hás de um dia mais tarde, revive-los nas
lembranças que a vida não desfez...
E ao lê-los...com saudade em tua dor...
hás de rever, chorando, o nosso amor,
hás de lembrar, também, de quem os fez...
Se nesse tempo eu já tiver partido e
outros versos quiseres, teu pedido deixa
ao lado da cruz para onde eu vou...
Quando lá novamente, então tu fores,
pode colher do chão todas as flores, pois
são os versos de amor que ainda te dou.

Poema de JG de Araújo Jorge
  ESTE TEU OLHAR

Que olhar é este?
Que me estremece
Me deixa rubra
Penetra meu corpo
Invade a minha alma
Não pede licença
Afasta a calma
Acende a esperança
Remexe os sentidos
Explode a vontade?

Que olhar é este?
Que aquece o meu corpo
Revela a indecência
Sem receio e sem pudor
E se transforma de repente
Numa explosão de amor?

Este teu olhar...
Me leva às estrelas
E assim invado a lua
Me aqueço ao sol
E sob as gotas da chuva
Me transformo em paz.

AMARILIS PAZINI AIRES

domingo, 22 de julho de 2012

    AMORES VIRTUAIS
.
Não brinque com amores virtuais
eles são como todos os amores,
provocam as mesmas mágoas, mesmas dores
daqueles que chamamos de normais

Estes porém machucam mais,
pois nunca dividem os cobertores,
dos beijos não se provam os sabores
nem vão-se pelos ímpetos carnais

Mesmo assim, quando este amor acaba,
os dias perdem o brilho, a alegria,
parece que ao redor tudo desaba

E a solidão ao cúmulo se revela;
chorar-se um frágil amor que só havia,
na fina transparência de uma tela

JENÁRIO DE FÁTIMA

quinta-feira, 19 de julho de 2012

      AMO-TE 



Jenário de Fátima 

Eu te amo, com a força dos temporais,
Com a fúria incontrolável dos vulcões.
Com a energia acumulada nos trovões
Desde longos tempos imemoriais.

Eu te amo, com a leveza dos cristais,
Com a textura das rosas em seus botões.
Com as notas delicadas das canções
Com as cores de mil roupas nos varais.

Eu te amo todas as horas do dia
E este amor ora leveza, ora tormenta,
Este amor que hora é prazer ora agonia

Pra meu barco é a segurança de um cais.
Muito embora ele saiba e se contenta
Que apenas é so mais um!...e nada mais! 
     TRISTEZA


Chora de manso e no íntimo... Procura
Curtir sem queixa o mal que te crucia:
O mundo é sem piedade e até riria
Da tua inconsolável amargura.
Só a dor enobrece e é grande e é pura.
Aprende a amá-la que a amarás um dia.
Então ela será tua alegria,
E será, ela só, tua ventura...
A vida é vã como a sombra que passa...
Sofre sereno e de alma sobranceira,
Sem um grito sequer, tua desgraça.
Encerra em ti tua tristeza inteira.
E pede humildemente a Deus que a faça
Tua doce e constante companheira...

MANOEL BANDEIRA
    QUERERES
(Jenario de Fátima)

Quero abrir hoje todas as janelas,
Deixar que invada o sol meu quarto a dentro,
Soltar amarras, enfunar as velas,
Ir dos meus mares navegar ao centro.

Quero pintar alegres aquarelas
E não deixar, pelos versos que invento,
Nenhum vestígio de dor ou sequelas,
Destas que o amor traz a qualquer momento.

Quero sentir o vento no meu rosto,
Ir beber água da mais pura fonte,
Me inebriar na luz d'algum sol posto

E antes que a noite torne a terra um breu,
Eu quero crer que as nuvens do horizonte
Escrevem o teu nome junto ao meu.
  Casitas brancas 

Casitas brancas do Minho
Onde guardam os tesouros,
As fadas d'olhos azuis
E lindos cabelos loiros.

Filtros de beijos em flor,
Corações de namoradas,
Nas casas brancas do Minho
Guardam ciosas as fadas.

FLORBELA ESPANCA

Arte by Willen Haenraets.
   AMORES E AMORES
Claudia Dimer

Há amores incontáveis;
Os infinitos, os breves,
Platônicos, intocáveis,
E os que rolam sobre a neve

Há amores verdadeiros
E os amores inventados,
Os que marcam por inteiro
E os que morrem no passado

Há os amores que ficam
E os amores que se vão
Amores que sobrevivem
E os que morrem de paixão

Há amores que não chegam
Há amores que não saem
Há amores que nos cegam
Amores que bem nos caem

Há amores já findados,
Amores nunca vividos,
Os amores tão sonhados
E os amores esquecidos

E os amantes que sofreram
De um amor as cruéis dores
É porque não decoraram
Que existe "amores" e amores.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

  Ó peso do coração!...

Ó peso do coração!
Na grande noite da vida,
teus pesares que serão?

A sorte amadurecida
resplandece em minha mão:
lúcida, clara, polida.

Nem saudade nem paixão
nem morte nem despedida
seu brilho escurecerão.

Na grande noite da vida
brilha a sorte. O coração,
porém, é a dor desmedida.

Maior que a sorte e que a vida...

Cecília Meireles
In: Canções (1956)

quinta-feira, 12 de julho de 2012

POESIA É ...

  Rε¢iταr α αlмα
  Ծμvir αs εмσçõεs
  Єxαlταr σ αмσr
  Tαмbέм fαlαr dα dσr

  Ðεs¢rεvεr αs sεηsαçõεs
  мαis ρμrαs dσ sεr hμмαησ.
  É vσαr ηα iмαgiηαçãσ
  É sεr μм ρσμ¢σ iηsαησ
  É lεvαr sεητiмεητσs

  Ðαr αlεητσ ασs sσfriмεητσs
  É ρrσραgαr lμz ε στiмisмσ
  É dεs¢rεvεr σ dεsεjσ dε μм
  Sσηhαdσ ραrαísσ.

  Pσεsiα έ...

  Ðσαr μм ρσμ¢σ dε si
  Дliviαr α dσr dε μм αмigσ
  Ðαr ασ ¢σrαçãσ μм dσ¢ε
  ε мάgi¢σ αbrigσ.

  Єμ qμεriα sεr ρσετα ραrα dεrrαмαr
  Єм vεrsσs iηfαητis ε iηgêημσs
  Ծ мαis bεlσ sεητiмεητσ...

  Mαs, α мαis bεlα ρσεsiα έ α qμε
  μм ¢σrαçãσ rε¢iτα α σμτrσ ¢σrαçãσ - Liu
Bem, hoje que estou só e posso ver

Bem, hoje que estou só e posso ver 
Com o poder de ver do coração 
Quanto não sou, quanto não posso ser, 
Quanto se o for, serei em vão, 
Hoje, vou confessar, quero sentir-me 
Definitivamente ser ninguém, 
E de mim mesmo, altivo, demitir-me 
Por não ter procedido bem. 

Falhei a tudo, mas sem galhardias, 
Nada fui, nada ousei e nada fiz, 
Nem colhi nas urtigas dos meus dias 
A flor de parecer feliz. 

Mas fica sempre, porque o pobre é rico 
Em qualquer cousa, se procurar bem, 
A grande indiferença com que fico. 

Fernando Pessoa

quarta-feira, 11 de julho de 2012

O sol   penetrou pelas frestas da janela,
invadiu o meu quarto,
vasculhou a minha cama,
tentando me acordar.

A claridade me incomodava,
não abri os olhos,
eu queria mais tempo para sonhar!

A vida lá fora me chamando,
e eu aqui, na minha solidão
te desejando,
ansiosa por te amar.

E tu onde estás?
Distante de mim,
e ao mesmo tempo aqui tão perto
a me provocar   L@y Rios
Ah! Os Poetas Sabem Voar!



E como eles sabem nos fazer voar... 

Duvido quem nunca tenha lido
Um Drumond ou um Quintana
E por um instante sofrido
Lembrado de quem se ama

Ah! eu duvido!
Duvido quem nunca leu Neruda
E por alguns segundos
sentido
Uma felicidade desnuda

Ah! Os poetas sabem voar
Levam-nos ao um mundo distante
Ensinam a arte de amar
A olhar a vida de forma brilhante
E nos ensinam a voar

Ah! Como nos fazem voar
Voar pelas doces poesias
Sentindo uma doce magia
Alegrando nossos dias

Ah! Como é bom poder voar
Voar pela imaginação
Passar por caminhos da sedução
E falar sobre a paixão
(S. Passolongo)

segunda-feira, 9 de julho de 2012

     

Cartas de amor



Já não se escreve mais cartas de amor...
Já não se envia mais doces relatos...
Já não se data as costas dos retratos
Aqueles que com tempo perdem cor.
.
Tudo hoje é feito no computador
E nesta nova forma de relato
O que se vê é tão somente um fato;
- O romantismo já não tem valor-
.
e por mais que o Homem mude seus costumes,
Sempre haverá nos céus distantes lumes
Das estrelinhas que nos dão ajuda.
.
Quando nós vemos n´alma angustiada
Somente a ausência da pessoa amada
Presa na dor de amar, que nunca muda!


Jenário de Fatima

domingo, 8 de julho de 2012


     Os versos que te dou


Ouve estes versos que te dou, eu
os fiz hoje que sinto o coração contente
enquanto teu amor for meu somente,
eu farei versos...e serei feliz...
E hei de faze-los pela vida afora,
versos de sonho e de amor, e hei depois
relembrar o passado de nós dois...
esse passado que começa agora...
Estes versos repletos de ternura são
versos meus, mas que são teus, também...
Sozinha, hás de escuta-los sem ninguém que
possa perturbar vossa ventura...
Quando o tempo branquear os teus cabelos
hás de um dia mais tarde, revive-los nas
lembranças que a vida não desfez...
E ao lê-los...com saudade em tua dor...
hás de rever, chorando, o nosso amor,
hás de lembrar, também, de quem os fez...
Se nesse tempo eu já tiver partido e
outros versos quiseres, teu pedido deixa
ao lado da cruz para onde eu vou...
Quando lá novamente, então tu fores,
pode colher do chão todas as flores, pois
são os versos de amor que ainda te dou.

Poema de JG de Araújo Jorge